O bordão que marcou uma carreira - "Giba neles" - parece ficar no passado brilhante de Gilberto Godoy. Ídolo brasileiro do vôlei e líder de uma geração vitoriosa, o jogador segue sem time depois de uma breve passagem pela Argentina. O Esporte Espetacular foi até Curitiba para conversar com o octocampeão mundial e saber quais são os seus planos. Desempregado, aos 36 anos, e sem propostas de times no Brasil, o jogador pensa na aposentadoria das quadras.
- Sem time, me aposento. Sem saudades, com o papel cumprido. Eu sei que tudo que eu podia fazer, dei meu 100% todo dia durante esses 20 anos - disse Giba.
Mesmo tendo propostas do exterior, Giba gostaria de ficar no Brasil para não se afastar dos filhos. Se a quadra deixar de ser uma opção, Giba não descarta migrar para o vôlei de praia. Determinado, o atleta garante que, se seguir seu caminho na areia, fará de tudo para ser o melhor.
- Na verdade, se eu for para a praia, vou buscar um projeto. Eu nunca fiz nada para ser mais um. Ou faço para ser o melhor, independentemente de ser ou não, mas eu vou sempre buscar. Então, vamos ver, vamos conversar.
Separação e finanças
O lado pessoal de Giba também vive um momento de transição. Depois do fim de um casamento de 9 anos com a romena Cristina Pirv, o atleta tenta retomar o contato com os filhos. O impacto da separação também trouxe empecilhos na vida financeira.
- Financeiramente, eu não possa falar que estou bem. Porque, infelizmente, por causa da separação, todos os meus bens estão arrolados. Então não tenho como movimentar ou fazer nada com o patrimônio - revelou.
Giba e a ex-mulher não se falam mais. Contato só através de advogados. A separação mais dolorosa é a distância dos filhos.
- O que mais me preocupa são meus filhos, o quanto eles estão sofrendo, o quanto essa briga pode traumatizá-los - disse.
Na entrevista, Giba também falou da sua carreira fora do Brasil, do flagra no antidoping em 2002, da sua relação com os fãs e dos momentos mais inesquecíveis da sua carreira.
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