quarta-feira, 1 de maio de 2013

Giba aguarda propostas, mas não descarta novo rumo fora de quadra








O plano era jogar mais uma temporada e aí sim, se despedir das quadras. O adeus tinha tudo para ser na Argentina, mas a passagem pelo Bolívar não foi do jeito que ele imaginava. Se o corpo respondia bem, se a condição física e técnica estavam boas, e os números também, a questão salarial incomodava. Sem receber e ainda com problemas de ordem pessoal -  passava por um processo de separação, após nove anos casado com Cristina Pirv-, Giba precisou optar. Resolveu então, ficar fora das semifinais da Liga Argentina ACLAV para colocar a vida em ordem. De volta ao Brasil, o ponteiro campeão olímpico em Atenas e vice nos Jogos de Pequim e Londres, ainda não definiu se continuará jogando ou se dará um novo passo na carreira. Aguarda propostas, tem reuniões marcadas.
- A gente teve uma divergência. Fiquei sete meses sem receber e, junto com isso,  tive problemas pessoais. Eu tinha que definir uma prioridade e optei por resolver as minhas coisas e acertar o divórcio. Eu e o clube ainda estamos conversando amigavelmente para chegarmos a um acordo.  Foi uma frustração não jogar as semifinais, mas foi uma frustração maior ainda, com 25 anos de carreira, me ver nessa condição e ainda tendo que tomar uma decisão. Optei pelos meus filhos. Quero ficar perto deles. Eu estava bem pra caramba, fazendo 20 pontos numa partida, com 94kg, saltando bem, sem dor na tíbia (fez cirurgia em fevereiro de 2012 e voltou três meses antes do previsto). Agora estou esperando para ver o que vai acontecer - disse Giba, que jogou 22 partidas do campeonato e em 69 sets teve uma média de 47,7% de eficiência no ataque.

Aos 37 anos, ele já começa a abrir portas para uma nova fase. Tem tirado um tempo para se dedicar ao estudo de Marketing Esportivo pela internet. Quer também fazer um dos cursos oferecidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Na próxima semana, estará no Rio para reuniões. Quer ver as possibilidades no COB, na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e saber quais são os interesses das empresas que já o procuraram.

Giba e Bruninho, Vôlei (Foto: Agência Reuters)Giba e Bruninho no pódio dos Jogos de Londres Foto: Agência Reuters)
 
- Eu gostaria de ficar jogando aqui na Superliga, mas posso ir para esse lado diretor do esporte se não der.  É um pecado. Não queria acabar assim mas, se tiver que ser, paciência. Já fiz bastante. Acho que vaga sempre vai ter para mim num time. Ninguém vai deixar de me querer numa equipe, porque todos os técnicos me conhecem e sabem do meu potencial. Mas vamos ver. Dois contratos com patrocinadores pessoais acabaram. E, não é porque você está no fim da carreira, que tem que aceitar ganhar 50 centavos. A proposta tem que ser boa para os dois.

Bem resolvido, Giba diz também estar preparado para ver, agora apenas como torcedor, a seleção brasileira atuar. Vem se preparando para isso desde 2008. Só que não conseguia recusar aos chamados de Bernardinho.

- Essa preparação eu vinha fazendo desde que as Olimpíadas de Pequim acabaram (risos). Mas aí o Bernardo falava que tinha um Mundial, que seria importante eu estar lá... Agora, se ele quiser, acompanho, ajudo no treino, vejo jogos para ele. Não descarto nada. Estou aberto para tudo. Tenho ideias. Fiquei feliz de ver um ciclo novo começando, com Bernardo e seu staff à frente dele. Seria um pecado se não ficasse. Acho que os jogadores vão defender igual e se não melhor do que defendi. A seleção está entregue em boas mãos.

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